Farmacologia e Meios de Contraste
Fármacos iodados
São contrastes radiológicos radiopacos que possuem o elemento iodo (I) na sua molécula. Em função da sua composição se dividem em contrastes iodados de excreção biliar (estudo da vesícula biliar e vias biliares); contrastes iodados lipossolúveis (histerossalpingografia e linfografia) e contraste iodados hidrossulúveis de excreção renal (mais comumente utilizados).
A radiopacidade depende da concentração do iodo na solução de contraste, que naturalmente resulta do número de átomos de iodo na molécula. A osmolalidade depende do número das partículas em solução, sobretudo como iões, podendo atingir valores 5 a 8 vezes superiores à osmolalidade plasmática. A elevada concentração osmótica tem vários inconvenientes, entre os quais a modificação da forma dos eritrócitos que se tornam mais agregáveis aumentando a viscosidade do sangue na microcirculação.
O objetivo a atingir com estes contrastes é obter a mais alta radio-opacidade com a menor osmolalidade possível.
Reacções adversas dos contrastes iodados:
1. A sensação de calor cefálica ou generalizada, dor, náusea e mesmo vómito são bem conhecidos e não acarretam risco; são inexistentes ou menos frequentes com a utilização de compostos de baixa osmolalidade.
2. Nefrotoxicidade - A utilização de contrastes iodados tem aumentado rapidamente, quer para fins de diagnóstico (TAC, angiografias) quer para apoio de intervenções (angioplastia); a população a eles submetida é em regra mais idosa e portadora de factores de risco múltiplos.
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