farmacologia da dor
A- O que é a dor?
A dor é uma experiência sensorial desagradável, considerada até hoje um fenômeno de difícil definição, por estar relacionada a uma grande quantidade de fatores ligados à personalidade, fatores do ambiente, entre outros. É também considerada uma experiência emocional, que pode ou não ter relação com um dano tissular real. Além disso, o indivíduo que a sente pode ter dificuldade de qualificá-la e descrevê-la, o que a torna ainda mais subjetiva. Sabe-se que grande parte da procura dos pacientes por ajuda médica está relacionada à presença de dor em alguma região corporal
B- Como ocorre?
A dor desencadeia alterações hormonais, mecânicas, químicas, afetivas, muitas ainda desconhecidas, e não irá necessariamente alterar a anatomia de algum órgão ou tecido. Pode variar suas manifestações de acordo com a quantidade, intensidade, localização e tempo de duração. Se esse estímulo doloroso torna-se crônico, podem surgir outros sinais e sintomas variados. Alguns autores consideram a própria dor crônica em si como uma doença, pois pode gerar incapacidades e maiores efeitos orgânicos. Pode ser classificada como:
FISIOLÓGICA – Sinal Protetor
INFLAMATÓRIA – Artrite reumatóide
NEUROPÁTICA – É mantida mesmo após a retirada do estímulo (Amputação)
DISFUNCIONAL – Função anormal do sistema nervoso (Fibromialgia, Síndrome do intestino irritável)
C - Por que temos náusea e vômitos quando temos enxaqueca?
Há, na verdade, um centro cerebral denominado locus ceruleus (localizado numa região chamada mesencéfalo), o qual, ao ser estimulado, libera substâncias que provocam náuseas e vômitos. Essa região cerebral em particular denomina-se zona quimiorreceptora do gatilho, e quando ativada (por uma série de mecanismos, entre os quais o balanço de um barco, uma estrada tortuosa, ou uma crise de enxaqueca), desencadeia um processo de náuseas e vômitos incontroláveis. A zona do gatilho é ativada (entre tantas outras alterações orgânicas