FARMACOLOGIA CLÍNICA
WANNMACHER, Lenita, FERREIRA, Maria Beatriz Cardoso. Farmacologia Clínica para Dentistas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1995. 222p.
INTRODUÇÃO
Uma das características da espécie humana é a compulsão para o uso de medicamentos. Isto fez com que, durante séculos, as formas de tratamento se orientassem exclusivamente, por hábitos culturais e influências místico-religiosa. Ainda hoje temos, em menor intensidade, estes determinantes atuando. Os pretensos resultados destas terapias podem ser explicados, se considerarmos, que a eficiência do ato terapêutico muitas vezes independe do procedimento específico utilizado, podendo decorrer de qualquer ação que traduza a responsabilidade do profissional pelo sofrimento do paciente (6) . Um outro fator, também citado por estes mesmos autores, é que na maioria das doenças a evolução para a cura é usual, independentemente ou apesar do que é feito pelo profissional..
Nas sociedades contemporâneas, a base científica para a escolha de um medicamento deve ser procurada na informação obtida pelo método farmacológico básico e complementada pela investigação farmacológico-clínica. A investigação farmacocinética no homem conduz ao estabelecimento de esquemas de administração mais cômodos e seguros após a seleção racional do fármaco. A investigação farmacológico-clínica determina a eficácia e a segurança dos fármacos. Por eficácia, entende-se a quantificação de efeitos benéficos de um fármaco na espécie humana. Ao final da investigação farmacológico-clínica, caracteriza-se a efetividade de um fármaco, ou seja, demonstra-se que, tendo eficácia, seus efeitos adversos não suplantam os benefícios e seu esquema de administração é operacional. Além de definir se o emprego do medicamento é mais útil do que não tratar, quando existem diferentes alternativas. os estudos farmacológico-clínicos procuram identificar o tratamento mais efetivo.
Não há portanto como balizar a