Farc
Com extensão territorial de 1.141.748 quilômetros quadrados, a Colômbia é habitada por aproximadamente 45,7 milhões de pessoas. Esse grande país sul-americano é marcado por diversos conflitos internos de cunho político, fato que provocou – e ainda provoca – a morte de milhares de habitantes.
Visando estabelecer a paz no território nacional, as duas principais forças políticas da Colômbia (liberais e conservadores) formaram a Frente Nacional, na década de 1960, que foi um acordo de paz definiu que liberais e conservadores se alternariam na presidência. Essa organização teve forte oposição de algumas vertentes das forças liberais, resultando na formação de grupos guerrilheiros de ideologia socialista, com destaque principalmente para as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Criada em 1964, as Farc surgiu como um grupo de cunho marxista-leninista, atuando no meio rural e adotando táticas de guerrilha. Essa organização tem como discurso ideológico a implantação do socialismo na Colômbia, promovendo a distribuição igualitária de renda, a reforma agrária, o fim de governos corruptos e das relações políticas e econômicas com os Estados Unidos, entre outros aspectos sociais.
As Farc são o braço mais visível de uma situação de violência generalizada, que se arrasta há dois séculos. A Colômbia tem uma história conturbada desde a independência, em 1810. “Em um dos períodos mais instáveis, de 1830 ao começo do século 20, foram nove guerras civis e 11 Constituições.
Durante a década de 1990, a organização chegou a dominar cerca de 40% do território colombiano, possuindo mais de 18 mil guerrilheiros. Porém, a ação do Exército nacional, financiado pelos EUA, expulsou o grupo para regiões próximas à fronteira com países vizinhos. Essa atitude do governo “enfraqueceu” o movimento, que, atualmente, é formado por aproximadamente oito mil guerrilheiros.
Distantes do objetivo inicial de instalar no país um regime socialista, as Farc têm hoje cerca de 17 mil