Famílias e vida doméstica
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Tema: A noção de domesticidade no Brasil Colonial – ALGRANTI, Leila Mezan. Famílias e vida doméstica.
A organização familiar e a vida doméstica foram influenciadas por vários fatores, como famílias que ficavam divididas devido à distância das Metrópoles, a presença da escravidão e a constante expansão do território.
A vida na colônia acaba se transformando devido à colonização, e a rusticidade dá lugar ao mínimo de conforto. Dizia Carlos Lemos “a casa é o palco permanente das atividades condicionadas à cultura de seus usuários”, no começo da colonização as casas eram simples, pois eram povoadas por pessoas humildes, construídas com apenas um andar e feitas de barro, pedra ou madeira. Aos fundos do terreno onde se concentrava a vida doméstica, encontravam os quintais, jardins, pomares e hortas onde eram delimitados por muros baixos, e que muitas vezes os alimentos básicos eram tirados dali mesmo. Havia poucas portas e janelas o que levava os habitantes para fora devido ao clima quente. Ainda nos fundos podia se encontrar a senzala que eram cobertas de palha ou telhas, erguidas com tijolos, pedras ou madeira, possuíam divisões internas, sempre apresentando elevado número de escravos no seu interior.
Os interiores das casas dos mais pobres havia poucos cômodos, onde nele realizavam mais de uma atividade, como dormir e cozinhar. Os sobrados dos mais ricos possuíam até três andares e apresentavam uma preocupação com a privacidade, no primeiro andar ficavam os escritórios, no segundo os quartos e sala e terceiro a cozinha, os escravos eram destinados ao lugar mais insalubre, o porão.
No início do século XIX nota-se uma preocupação com a intimidade e mudanças do espaço interno da casa. A sala se transformava em quarto a noite, as camas não eram comuns no início da colonização e sim as redes de dormir tomavam ênfase, pois podia ser montada e desmontada com