Família médici
Em 1397, a família criou um dos primeiros bancos do mundo e, através do empréstimo de dinheiro a juros, adquiriram riqueza e poder. Em 1434, o banqueiro Cosimo de Médici voltou à Florença, após ficar exilado em Veneza acusado de tentar instaurar um governo tirânico. Seus inimigos não gostaram de seu retorno, mas a maioria do povo ignorava essas as suspeitas e lotaram as ruas para festejar seu retorno. Aos poucos, utilizando seus vastos recursos financeiros para apadrinhar a classe média nascente e se aliar aos poderosos, dentro e fora da Itália, os Médici deixaram de ser homens de negócios e viraram uma dinastia. A partir de 1531, os Médici tornaram-se os líderes hereditários do Ducado de Florença, e em 1569, o ducado foi elevada à categoria de grão-ducado após grande expansão territorial, surgindo então o Grão-Ducado da Toscana, governado pela família desde o seu início até 1737, com a morte de Gian Gastone de' Medici. O domínio dos Médici durou quase 300 anos e moldou boa parte da Itália renascentista. De certo modo, os Médici fundaram a primeira grande instituição financeira multinacional do planeta e foram muito hábeis em usar o poder econômico para mandar e desmandar na política, na arte e até na religião.
A família Médici, originalmente tinha sua riqueza e influência inicialmente derivava do comércio de produtos têxteis, não era nem a mais rica nem a mais influente de Florença. Alguns dos Médici cometeram o erro de apoiar a chamada Revolta dos Ciompi, no fim do século 14, cujo objetivo era dar direitos políticos aos que trabalhavam na manufatura da lã. A revolta foi suprimida, mas o envolvimento provocou o isolamento da família das relações de poder na cidade por décadas.
Nessa época as repúblicas italianas tinham um regime baseado nos chamados checks and balances (restrições e contrapesos): É uma herança da tradição política romana, cujo principal objetivo é impedir que qualquer pessoa obtenha o poder