Familias adotivas
Uma das características essenciais do ser humano é o desejo de procriação e continuidade por meio da experiência da maternidade e paternidade. Na sua maioria, homens e mulheres desejam ter e criar seus filhos, de modo a realizar-se tanto no plano biológico quando psíquico. O filho do sentido ao casal, e é a resultante esperada da relação homem-mulher. Ele representa um terceiro referencial que completa o equilíbrio. Na adoção constrói-se o vinculo afetivo que se sobrepõe ao genético e ao hereditário e que persiste com elemento constitutivo da biografia pessoal. A adoção é uma forma incomum de se ter filhos, representam, de modo geral, uma forma de proporcionar uma família às crianças que não podem, por algum motivo, ser criadas pelos pais que geraram. Significa ainda a possibilidade de ter e criar filhos para os pais que apresentam limitações biológicas ou que optam pelo cuidado de crianças com quem não possui ligação genética. A adoção não precisa estar atrelada à tentativa de solucionar problemas pessoais, seja dos pais, seja dos filhos. A dinâmica psicológica da relação adotiva não esta vinculada ao ter, mas, fundamentalmente, ao ser. Adotar um filho transcende o aspecto puramente operacional contextualizado na idéia de ter ou procurar o filho. A adoção não tem a ver com o que vem de fora, pelo contrario esta estritamente ligada ao que esta dentro, no sentido de que resulta do desejo que chega a se configurar como vontade. O desejo faz eclodir as possibilidades, a vontade seleciona e identifica o que queremos com projeto de vida.
FILHOS ADOTIVOS
A criança adotiva é uma criança como as outras, com todas as vicissitudes do ser humano. É verdade que ela não é uma criança diferente das demais crianças, mas, sem dúvida, vive uma experiência que destoa do esperado para as relações parentais. Parece que o rompimento do vinculo afetivo com os pais biológicos deixa marcas históricas e