Familia
Docente: Cristina Albuquerque
Todos nós somos seres sociais e, como tal, temos necessidades de “solidariedades intermédias”. Estas solidariedades são familiares e a família, ao longo do tempo, tem sido alvo de inúmeras mudanças.
É exactamente isto que a autora Maria Engrácia Leandro nos vem mostrar: a evolução da família.
Estas mudanças devem-se essencialmente a uma diminuição da nupcialidade, tanto de cariz civil como religioso. A uma diminuição da natalidade e a um aumento dos divórcios, denotando-se numa fragilidade dos casais. A poligamia diacrónica também vem mostrar as mudanças na família. Aumentam igualmente as uniões de facto e por outro lado aumentam o número de pessoas a viverem sozinhas.
Assim, compreende-se que a união conjugal seja a relação mãe-filho que, na maior parte dos casos, constitui o eixo motor da vida familiar. No entanto, o papel do pai não pode ser esquecido.
Dado este facto, percebemos que a educação passa a ser menos directiva e como tal, a transmissão parece mais assegurada.
Aqui, a autora, compara a família contemporânea com a família da actualidade, assegurando que a transmissão se dá em qualquer uma delas. Por exemplo, na família contemporânea, a educação é menos autoritária, porém a noção de respeito não desapareceu. Doravante, o respeito marca o reconhecimento, não uma autoridade superior. Já na família da actualidade, os filhos mudaram de estatuto e tornaram-se interlocutores dos pais. Neste caso, os pais apelam às regras da vida quotidiana e recorrem menos às sanções.
Entretanto surgem novas preocupações que se prendem com uma menor valorização do papel do pai e, pelo contrário, um crescente empenho da mãe nas actividades profissionais. Importa ter presente que o papel do pai no acompanhamento e educação dos filhos e no plano afectivo é, hoje, de maior importância do que no passado.
Na maioria das situações, em Portugal, a família encontra-se reunida graças aos contributos