Fam lia do deficiente mental
SILVA, N.L; DESSEN, M.A. Deficiência Mental e Família: Implicações para o Desenvolvimento da Criança. Psicologia: Teoria e Pesquisa, Brasília: vol. 17, n° 2, pp. 133-141. Mai-Ago 2001.
AUTORES
EDILAINE BASQUERA
LUDMILA CRESPI
MELISSA ALVES DA LUZ
RAISSE FERREIRA
STEPHANIE DETZEL
O conceito de deficiência mental (DM) sofreu transformações com o passar do tempo, Isaías Pessoti (1984), destaca a concepção de deficiência mental em cada período histórico, sendo que na Antiguidade as crianças que possuíam alguma deficiência eram abandonadas ou eliminadas; posteriormente na Idade Média, devido a influência da Igreja, a deficiência era considerada algo espiritual, atribuindo-se um caráter “divino” ou “demoníaco”; a doutrina cristã passou a fazer com que os DM fossem vistos como possuidores de uma alma, filhos de Deus, fazendo assim com que fossem acolhidos por instituições de caridade, porém ainda existia barbaridade contra essas e somente no século XlX que se deu inicio a uma atitude de responsabilidade pública frente às necessidades do deficiente. Maria Salete Aranha (1991, 1995) trata da integração do DM juntamente com seu conceito, na história, ressaltando os ideais do capitalismo em torno da construção da deficiência, que passa a ser sinônimo de improdutividade. Segundo os autores o ambiente e a cultura são fatores importantes no desenvolvimento dessas crianças. É no ambiente que a criança se desenvolve e adquire suas habilidades, a construção da deficiência mental se dá também no meio social. Os autores citam Vygotsky na seguinte citação: “Quando o bebê começa a andar, seu ambiente expande e novos relacionamentos são formados entre a criança e as pessoas que a circundam” (Vygotsky, 1994, p. 339) e concluem que o ambiente é mutável e dinâmico não devendo ser encarado como uma entidade estática e periférica em relação ao desenvolvimento humano. É nesse contexto que inserimos a criança com deficiência mental, a qual apresenta limitações em suas