Falácias
Equívoco
Usar uma afirmação com significado diferente do que seria apropriado ao contexto.
Ex.: Os assassinos de crianças são desumanos. Portanto, os humanos não matam crianças.
Joga-se com os significados das palavras. A palavra "humanos" possui vários sentidos, pode ser um tipo de primata (sentido biológico) ou uma boa pessoa (sentido moral), mas a falácia usa a palavra sem considerar a diferença de sentido.
Anfibologia
Ocorre quando as premissas usadas no argumento são ambíguas devido à má elaboração sintática.
Ex.:
Venceu o Brasil a Argentina.
Ele levou o pai ao médico em seu carro.
1. Quem venceu? 2. No carro de quem?
Nesse caso, toda a frase possui sentidos diversos a depender do contexto.
Ênfase
Enfatizar uma palavra para sugerir o contrário.
Ex.: Hoje o capitão estava sóbrio (sugerindo embriaguez).
Pronuncia-se a palavra "sóbrio" com muita força para sugerir que ele é um alcoólatra.
Apelo à consequência
Considerar uma premissa verdadeira ou falsa conforme sua consequência desejada.
Ex.:
Você deve ser bom com os outros ou irá para o Inferno.
Você nada tem a perder sendo religioso porque, se deus existe, você será recompensado.
A premissa é tida como válida somente porque a conclusão nos agrada ou assusta.
Apelo ao medo
Apelar ao medo para validar o argumento.
Ex.: Vote no candidato tal, pois o candidato adversário vai trazer a ditadura de volta.
É uma variação do apelo à consequência.
Argumentum ad ignorantiam (apelo à ignorância)
Tentar provar algo a partir da ignorância quanto à sua validade. Só porque não se sabe se algo é verdadeiro, não quer dizer que seja falso, e vice-versa.
Ex.: Ninguém conseguiu provar que deus existe, logo ele não existe.
Ou o contrário.
Ex.: Ninguém conseguiu provar que deus não existe, logo ele existe.
Apelo ao preconceito
Associar valores morais a uma pessoa ou coisa para convencer o adversário.
Ex.: Uma pessoa religiosa como você não é capaz de argumentar racionalmente comigo.
A pessoa é