Falta d'água em São Paulo e Rio de Janeiro
Rio de Janeiro:
'Se a seca continuar por mais 30 dias, vamos ter problemas', diz Pezão.
O governador Luiz Fernando Pezão, admitiu, numa quinta-feira (16), que pode faltar água no Rio de Janeiro, caso não chova no estado no período de 30 dias. Segundo ele, a redução na vazão do Rio Guandu pode causar problemas no abastecimento. Ele não descartou a hípotese do Rio fazer racionamento de água.
"A gente ainda tem o sistema de Ribeirão das Lajes, da represa da Light, e a vazão que está se tirando em Santa Cecília. Mas se a seca continuar pelos próximos 30 dias, vamos ter problemas", disse Pezão.
"Ele é um reservatório que garante 21 a 30 dias de emergência. A seca está muito grande", explicou.
São Paulo sem água:
A falta de chuvas já prejudica desde o início de 2014 o estado de São Paulo. Nos seis primeiros meses do ano, choveu 494,4 milímetros – 56,5% do índice previsto segundo a média histórica, que era de 875,1 milímetros. Os dados são da Sabesp.
A sequência de quedas no nível das represas do Sistema Cantareira, principal fornecedor de água para a população da Grande São Paulo, fez com que o governo do estado procurasse saídas para uma possível falta do recurso. Um deles foi a captação de água do "volume morto" do Cantareira.
Chamado pela Sabesp de reserva técnica, o "volume morto" é toda água que fica abaixo do nível das comportas e nunca havia sido usado para atender a população. Foi preciso instalar 3 km de tubulações e sete bombas flutuantes, orçadas em R$ 80 milhões, para captar o volume morto nas represas de Nazaré Paulista e Joanópolis.
As obras concluídas em maio acrescentaram 182,5 bilhões de litros de água ao total disponível. No entanto, apesar das medidas, moradores de São Paulo relataram que a falta d'água "virou rotina" na cidade.
Bombas de captação do volume morto das Represas Jaguari e Jacareí foram acionadas em 15 de maio.
Por que o nível acumulado está baixo?