falta de agua
Considerando que as rochas mais antigas formadas em ambiente aquático - até agora datadas - têm idade da ordem de 3,8 bilhões de anos, pode-se supor que a água existe na Terra na forma líquida, pelo menos, desde então. Por sua vez, o planeta Terra é o único corpo do Sistema Solar, até agora conhecido, onde a água existe, ao mesmo tempo, nos três estados físicos fundamentais: sólida ou gelo nas calotas polares e geleiras; líquida nos oceanos e formando os corpos de água doce (menos de 1000 mg/L de sólidos totais dissolvidos) dos continentes - rios, lagos, umidade do solo e o manancial subterrâneo; vapor de água na atmosfera.
A energia solar que incide sobre a superfície da Terra e a transpiração da biomassa vegetal e animal, inclusive o homem, transformam em vapor uma parcela importante da água que forma os oceanos, as calotas polares, a umidade do solo e até as águas subterrâneas que são acumuladas a profundidades inferiores a um metro. Este vapor de água sobe à atmosfera, onde esfria progressivamente e se condensa para dar origem às nuvens. As massas de água atmosférica assim formadas são atraídas pela gravidade e voltam a cair na Terra, principalmente na forma de chuva, neblina e neve. Portanto, o gigantesco mecanismo de renovação das águas da Terra é movido pela energia solar (evaporação) e pela força gravitacional (precipitação) há bilhões de anos.
Nesse quadro, uma parcela da água que cai nas porções continentais do mundo forma as enxurradas que são drenadas pelos rios, cuja descarga total média de longo período de água doce é da ordem de 43 mil km3/ano. Outra parcela infiltra-se no solo para reconstituir a sua umidade, a qual dá suporte ao desenvolvimento da cobertura vegetal, natural ou cultivada. Os processos fotossintéticos transformam a energia solar (luz) em energia química, na forma de carboidratos, base da alimentação dos seres superiores, inclusive o homem.
O excedente da parcela