Falta da Artista Adriana Varejão
Aluna: Natalia Rey
Trabalho sobre a falta na produção de Adriana Varejão
Adriana Varejão é uma artista brasileira contemporânea, nascida no Rio de Janeiro no ano de 1964, possuí bastante importância e é bem conceituada no meio artístico nacional e internacional, já tendo exposto na Bienal de São Paulo, no Tate Modern em Londre e MoMa em Nova York. A principal abordagem de seus trabalhos gira em torno da cultura incorporada com a colonização do Brasil, assim explora temas como a sexualidade, antropofagia, canibalismo, a cultura indígena, a questão social, o preconceito e o racismo, os assuntos de cunho racial estão completamente inseridos em suas obras com abordagens distintas, porem significativa. Um dos trabalhos mais recentes da artista atinge esse tema racial e cultural diretamente. O projeto polvo consiste numa caixa de tintas a óleo fabricada a partir de nomes de cores de pele, esses nomes advêm de uma lista do censo de 1976. Nesse censo especificamente, o IBGE solicitou que as pessoas autonomeassem o seu tom de pele da seguinte forma: era feita a pergunta “qual a sua cor?” e cada um respondia livremente. Nesse projeto da renomada artista Adriana Varejão o que menos interessa é a cor em si e sim o nome, como as pessoas se vêem e se nomeiam, alguns exemplos de nomes apurados são: sapecada, encerado, branquinha, morena-bem-chegada, morena-jambo, queimada de praia, cor-de-ouro, puxa-para-branco, branca melada, entre outros. Ao total foram 136 nomes de tons de pele, e para o projeto a autora selecionou 33 nomes e resolveu fabricar tintas a óleo com várias cores de tom pele que ela imaginava que estava relacionada com os nomes fornecidos pelo censo.
A artista além de ficar fascinada com esses nomes observava que na tinta óleo os tons de pele eram sempre um tom rosa muito artificial, independentemente de marca ou nacionalidade da fabricação, ela sempre se deparava com o mesmo tom rosa chiclete.