falso imperativo
Identificar se uma criança tem distúrbios de atenção ou se é apenas impulsiva e inquieta exige atenção redobrada dos pais, professores e coordenadores pedagógicos
Por Vanessa Prata
"O hiperativo não se concentra em nenhuma atividade por muito tempo, tem dificuldades em relacionar-se por ser bastante agitado, não termina de executar as atividades e, muitas vezes, por esse motivo, tem notas mais baixas, embora a grande maioria dos hiperativos seja inteligente. Já o impulsivo age sem pensar nas consequências e quando para e reflete pode ou não se arrepender. Os dois, no entanto, sofrem com problemas emocionais, autoestima baixa, insegurança e outros sentimentos."
Quem nunca teve um aluno que não para quieto um minuto em sala de aula, está sempre se movimentando, conversando, deixando os materiais cair ou que parece estar “no mundo da lua”? Muitas crianças agitadas, hoje em dia, são consideradas hiperativas e chegam a tomar remédios de uso controlado. É preciso atenção, no entanto, para não rotular um aluno de hiperativo sem um diagnóstico multidisciplinar, desenvolvido por médicos, psicólogos, pedagogos e outros especialistas. “Há quatro anos, meu filho Henrique, com 6 anos na época, foi diagnosticado como hiperativo. Após ir ao médico neurologista e psiquiatra, fomos aconselhados a dar-lhe o medicamento Ritalina. A psicóloga que o acompanhava, porém, não concordou com o diagnóstico e disse que ele era apenas impulsivo”, conta Eliana Almeida. Como Henrique não estava se saindo bem nos estudos, Eliana e o marido buscaram outra escola que pudesse acompanhá-lo melhor. No Colégio Autêntico, em Guarulhos (SP), a atitude e as atividades propostas pela pedagoga Adriana Monteiro da Silva, atual coordenadora pedagógica de Educação Infantil e Ensino Fundamental I e professora do 2º ano na época em que Henrique foi transferido, ajudaram o garoto a superar suas dificuldades. “Henrique sempre foi muito desorganizado a ponto de perder todos os seus