Falsas memorias
As falsas memórias, ou falsas lembranças como eram chamadas em 1881, ocorrem quando há distorção da memória e faz com que acreditemos que uma determinada situação ocorreu, quando na verdade ela nunca existiu, ou existiu mas de maneira diferente da qual nos lembramos. Podendo ocorrer em qualquer idade e possuindo mais detalhes do que uma memória verdadeira.
Os primeiros estudos específicos sobre as FM versaram sobre as características de sugestionabilidade da memória, ou seja, a incorporação e a recordação de informações falsa, sendo de origem interna ou externa, que o indivíduo lembra como sendo verdadeiras. Alfred Binet categorizou a sugestão na memória em dois tipos: autossugerida, quando é fruto dos processos internos do indivíduo; e deliberadamente sugerida, quando provém do ambiente. Conhecidas hoje como falsa memórias espontâneas e sugeridas.
Sendo assim, as FM podem ocorrer devido a uma distorção endógena ou por uma falsa informação oferecida pelo ambiente externo. As FM espontâneas são resultantes de distorções endógenas, ou seja, internas ao sujeito, ocorrem quando a lembrança é alterada internamente, fruto do próprio funcionamento da memória, sem interferência de uma fonte externa à pessoa.
No caso das FM sugeridas, elas advêm da sugestão de falsa informação externa ao sujeito, ocorrendo devido à aceitação de uma falsa informação ao evento ocorrido, sendo causada acidentalmente ou deliberadamente. Podendo ser influenciada por outras pessoas, já que nossa memória é suscetível a distorção.
O paradigma construtivista compreende a memória como um sistema unitário por meio de duas abordagens explicativas: construtivista que concebe a memória um sistema único de armazenamento; e esquemas que explica as FM como esquemas mentais pré-existentes.
A teoria do monitoramento da fonte enfatiza o julgamento da fonte de informação de uma memória, centrada a sua ideia principal no julgamento da diferenciação entre a