Fallingwater house - Implantação
A casa foi implantada pretendendo-se buscar uma continuidade com o entorno, com a vegetação, as rochas, e o riacho. O objetivo do arquiteto era dar a entender que a casa havia surgido através do próprio crescimento orgânico. O entorno da Fallingwater muda radicalmente nas quatro estações proporcionando à casa uma moldura completamente diferente em várias ocasiões do ano, chegando a congelar no inverno ou assumindo os mais variados tons de amarelo, vermelho e bronze das folhas das árvores no outono. Difícil avaliar qual época é a mais bonita.
O primeiro pontilhão leva ao acesso principal. Dele, avista-se o detalhe mais interessante de toda a estrutura: a escada vista ao fundo que vai da sala de estar direto para a piscina natural, formada no rio, imediatamente abaixo da estrutura em balanço da casa e entre duas das três quedas. É notável a maneira como a casa se relaciona com a natureza ao seu redor. Os terraços pairam sobre o fluxo de água e as copas das árvores estão por todos os lados: acima, abaixo, à frente, por todos os lados! Um detalhe muito curioso da estrutura é o pé-direito muito, muito baixo. Uma inovação para a época e até hoje muito comentada. Em certos locais é possível tocar o teto. Esse detalhe arquitetônico, que a princípio parece estranho, potencializa os efeitos naturais e ajuda no conforto térmico interno. Nos dias quentes de verão a circulação de ar cruzada refresca os ambientes e nos dias frios o calor da casa é mantido com mais eficiência. Outro fator de destaque é que com os tetos mais baixos a reverberação do som que vem da cascata aumenta bastante, nos relembrando a todo momento, onde a casa está.
Janelas panorâmicas e, mobiliário totalmente incorporado às paredes: esses móveis de linhas retas e acabamentos lisos, feitos sob medida, custaram uma verdadeira fortuna, mas não agradaram totalmente à Sra. Kaufmann.
O clima da Pensilvânia é temperado, com quatro distintas estações, com verões quentes, e invernos frios. Na