Falha nos Conversores CC - CA

D – FALHAS DE OPERAÇÃO

Existem basicamente quatro tipos de falhas de operação, que podem ser classificadas da seguinte maneira:

condução no sentido inverso; falhas de disparo; falha de comutação; disparo antecipado.

Como neste curso toda ênfase foi dada a pontes conversoras operando com tiristores, a falha devido a condução no sentido inverso ou “arc-back” não será estudada por se tratar de uma falha que acontece somente com as válvulas de mercúrio.

Para melhor entendimento, a análise será feita de acordo com o tipo de operação da ponte conversora, isto é:

operação como retificador; operação como inversor.

D.1 – Operação da Ponte Conversora como Retificador

Neste tipo de operação, figura III - 20, somente tem sentido falar em falha de disparo e disparo antecipado. Conforme será visto posteriormente, uma ponte retificadora opera normalmente com ângulos de disparo pequenos (entre 5˚ e 30˚), e por esta razão um disparo antecipado se confundiria com uma falha de disparo, ou simplesmente adiantaria um dos disparos.

Quanto as falhas de comutação numa ponte retificadora, o que se pode dizer é que estas têm probabilidade reduzida de ocorrer. A maneira mais fácil de se explicar seria com base na equação α +  + µ = 180˚. Se, para uma operação normal, α < 90˚ e µ < 60˚, restariam então mais que 30˚ elétricos para que a válvula que estava apagando deixasse de conduzir. Conforme se viu anteriormente o tempo correspondente a este ângulo elétrico é suficiente para que a válvula se “deionize” (apague). Por isto este tipo de falha não será analisado.

As principais causas para que aconteça uma falha no disparo são:

ausência de pulsos para o disparo; disparo antecipado, que pode ocorrer quando a ponte está operando com um ângulo de disparo muito pequeno e, por falha do sistema de controle, um dos pulsos é enviado ao gate antecipadamente, podendo acontecer que a tensão aplicada na válvula ainda não seja positiva ocasionando com isto uma