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O filme, idealizado e conduzido pelo ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega, é um panorama do Brasil da segunda metade do século XX, visto a partir da análise de suas conquistas no plano econômico. José Sarney, Fernando Collor e FHC, juntamente com 12 ex-ministros, 7 ex-presidentes do Banco Central, o banqueiro Roberto Setúbal e vários especialistas em finanças, se debruçam sobre os erros e acertos da economia brasileira nas últimas décadas. País de economia agrária até o início do século XX, em 2010 o Brasil tornou-se a sexta maior economia do mundo e em 2012 passou para a sétima posição.
Num rápido apanhado histórico dos três primeiros séculos de nossa história, somos informados de que pensar o Brasil durante o período colonial não faz sentido. Fomos, como conhecemos pela clássica tese de Caio Prado Júnior, exportadores de matérias-primas para abastecer a Metrópole. O Brasil nasce com a Independência mas, ao mesmo tempo, numa paradoxal condição de dependência. A liberdade política teve um custo econômico. Para reconhecer a Independência Portugal obrigou o Brasil a assumir a dívida externa da Coroa, à época fixada em 30 mil toneladas de ouro.
Foram criados então o Banco do Brasil e o Conselho de Fazenda. Mas será só na República que serão pensados os grandes projetos para o país? Seremos, no entanto, por várias décadas, uma economia essencialmente agrária. A modernização só veio com Getúlio Vargas, cuja política foi orientada para o processo de substituição das importações. JK prosseguiu essa política econômica, fazendo o país dar um salto de 40% em termos de crescimento econômico.
Durante o regime militar, sobretudo até a crise do petróleo, em 1973, foram assentadas as bases para o grande desenvolvimento, privilegiando-se setores como energia e transportes. Foi quando se criou o Banco Central, em 1964. Entre 1968 e 1973, o Brasil conheceu o seu maior crescimento econômico, à taxa de 11,1% ao ano, um ritmo semelhante