Faces da infância
Um dos desafios e talvez o maior deles seja a luta contra o preconceito nas escolas, não só o preconceito racial mas também o preconceito social. Muitas crianças não têm o privilégio de nascer e crescer num lar onde os pais realmente se importam com sua educação, deixando assim em segundo plano. Ora por falta de estrutura familiar, ora por não terem tempo de conviver essa realidade escolar com seus filhos ou pelo fato de trabalharem fora ou simplesmente serem analfabetos também.
Com as mudanças ocorridas no Brasil nas primeiras décadas do século XIX, tanto sociais como políticas, a classe pobre que era vista como uma ameaça para o governo, sua educação era reduzida, tendo-se a idéia de que quem era voltado ao trabalho não tinha necessariamente que ter um estudo maior. Essas mudanças começaram a acontecer época de coroação de Dom Pedro II.
A classe social mais pobre era vista como uma ameaça a estabilidade do governo, sendo assim meninos e meninas tinham uma educação diferenciada um dos outros.
Com as transformações que sofreu a pedagogia por volta do século XIX conheceu-se uma nova forma de pensar o educar, com competência científica e conteúdo específico. Profissionais como pedagogos, políticos e jornalistas discutiam e providenciam para que os pais e mestres tivessem acesso a essa nova forma de ensinar, facilitando assim uma nova visão da cultura e responsabilidade do homem por sua conduta ao longo da sua história de vida. A intenção dessa nova pedagogia era: educar, instruir e recrear. Ferreira Deusdado ( 1860/1918) foi um pedagogo, filósofo, pensador, escritor e publicista português, que via o crescimento da criança (crescimento de sua moral) se faria e se fortaleceria com uma formação de caráter, com sua capacidade de