Fabricação de Cerveja
1-INTRODUÇÃO:
Fermentação etimologicamente significa o estado de ebulição, relativo à condição de borbulhamento gasoso, típico dos sucos e caldos de frutas ou cereais, que, espontaneamente na aparência, se transformam em produtos; os quais, em muitos casos, passaram desde milênios, a constituir bebidas fermentadas, como hidromel, cerveja, vinho, cidra, aguardente e outras.
Bioquimicamente, a fermentação é uma manifestação fisiológica da célula viva, podendo ser definida como desassimilação (catabolismo de matéria orgânica – carboidrato, gorduras, proteínas – através de reações acopladas, catalisadas, por enzimas intra – e extracelulares), acarretando formação de substâncias intermediárias dos produtos finais da oxidação biológica total; ou, então, derivados dessas substâncias.
Fisiologicamente quem determina a oxidação total ou parcial do substrato ou alimento celular é o metabolismo, isto é, o mecanismo enzimático que a célula possui; e, também, as condições a que a célula está submetida, já que é característica fundamental dos seres vivos a capacidade de adaptação que suas células possuem. É o condicionamento da célula, o qual pode ser dirigido pelo homem ao valer-se de microorganismo (bactérias, leveduras, fungos) para conseguir determinados produtos de degradação de matéria orgânica, a qual constitui o substrato ou meio nutritivo dos microorganismos, que dita, por conseguinte, os diferentes processos fermentativos.
Fermentação no sentido tecnológico significa todo processo em que atuam microorganismos, regulados pela mão do homem, sobre substratos orgânicos, através de suas enzimas, produzindo determinadas substâncias ou substratos modificados, de utilidade para o homem.
Essas substâncias ou produtos de fermentação vão desde alimentos modificados e bebidas alcoólicas, a outros produtos industriais, como solventes, ácidos orgânicos, ésteres, aminoácidos e hormônios.
Processos fermentativos são, portanto, processos de