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Silveira, Fabrício. Rupturas instáveis: entrar e sair da música pop

Pop: dois sentidos – topográfico: extensão e ranhuras do terreno do pop político: “relativo às estratégias de ruptura adotadas, relativo aos investimentos feitos com objetivo de alterar ou desestabilizar (…) certos hábitos culturais, certas convenções produzidas ao longo dos anos” (p. 7).

Ethos e locus da música pop.

Cultura pop, arte pop, música pop.

Cultura em Willians.

Traços definidores da cultura pop:
1) Cultura de mercado, inseparável do consumo e da produção capitalista, mercadoria cultural cujo objetivo é o lucro e submetida a certas técnicas de produção.
2) Cultura midiática, atrelada aos meios de comunicação, com quem tem uma história compartilhada. Composta de telenovelas, bandas de rock, sucessos radiofônicos, programas de variedades, figurinos e adereços fashion, espetáculos televisivos.
3) Cultura hedonista e para o entretenimento. Domínio dos afetos, diversão, humor, dança, sensualidade, performance corporal e prazeres do corpo. Cultura de apaixonamento (de fanatics ou fãs).
4) Cultura jovem e urbana. Alimentada pela geração baby boomer, pós segunda guerra, no EUA próspero. Alimenta-se também da street culture e deve muito à classe trabalhadora, que fez da cultura pop sua forma de afirmação diante do beletrismo, da cultura da classe dominante.
5) Cultura global e transnacional, o pop que se globalizar, sem respeitar geografias rígidas.

A cultura pop já foi qualificada como escapista, conservadora, fútil, estereotipada e repetitiva, esteticamente inócua, repressiva e ideologicamente duvidosa. Também já foi qualificada de democrática, aberta e não-elitista. Foi analisada normalmente a partir de conceitos como indústria cultural e cultura de massa. (Eco é a principal referência aqui)

Em relação tensa com a cultura avant la lettre, culturas autóctones, tradições e culturas populares, a cultura pop é a cultura que respiramos há seis décadas, quase sem perceber.

Arte pop,