Extra-Bucal
Princípios biomecânicos do aparelho extrabucal
Roberto Hideo SHIMIZU*, Aldrieli R. AMBROSIO**, Isabela A. SHIMIZU***, Juliana de GODOY-BEZERRA****,
Jucienne Salgado RIBEIRO*****, Katiane Regina STASZAK******
Resumo
A utilização do aparelho extrabucal no tratamento da má oclusão de Classe II de Angle, exige que os princípios biomecânicos sejam entendidos e aplicados para que o caso clínico seja conduzido de maneira que os efeitos colaterais sejam minimizados e os benéficos maximizados.
Para tanto, o ortodontista deve ser capaz de prever os efeitos da inclinação da linha de ação de força e sua relação com os centros de resistência da maxila e dos dentes. Quaisquer movimentos de rotação, inclinação ou translação dos dentes, bem como rotação horária ou anti-horária da maxila e da mandíbula, podem ser previstos e planejados quando o ortodontista conhece os mecanismos que os produzem, e também os efeitos que os diferentes tipos de tração produzem em indivíduos dolicofacial, mesofacial ou braquifacial. Assim, o intuito desse trabalho é apresentar fatores preponderantes e imprescindíveis para a utilização do aparelho extrabucal no tratamento da má oclusão de Classe II de Angle.
Palavras-chave: Má oclusão Classe II de Angle. Aparelhos de tração extrabucal. Tratamento ortodôntico. Biomecânica.
e/ou da mandíbula especificamente no caso clínico a ser corrigido.
Para a correção da má oclusão de Classe II existem inúmeros aparelhos, dentre eles o aparelho funcional bionator de Balters, o aparelho regulador de Fränkel, o aparelho pêndulo, o pendex e o aparelho extrabucal1,8,15,19,22,24,26.
O tratamento com aparelho extrabucal restringindo o crescimento anterior da maxila ou redirecionando o crescimento da face está precisamente indicado quando a má oclusão é determinada predominantemente por uma protrusão maxilar6,11,40,45.
INTRODUÇÃO
A má oclusão de Classe II de Angle é caracterizada por uma discrepância maxilo-mandibular
dentária