Exposição "Arte, Adorno, Design e Tecnologia no Tempo da Escravidão.”
Exposta no Museu Afro Brasil, localizado no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, a exposição com entrada gratuita traz objetos e acessórios urbanos e rurais utilizados em fazendas e engenhos do açúcar, como moendas, mesas de lapidação, forjas de ferreiros. Todos os artefatos remetem aos séculos XVIII e XIX.
[1.0] Relato da visita:
A exposição está muito bem distribuída pelo Museu, a organização faz os visitantes se sentirem dentro da época, que é relatada em vários textos informativos e ilustrações pelas paredes. É possível fazer uma reflexão sobre os objetos utilizados na época com os atuais, como os ferros de passar roupa, os artefatos de cozinha. Chamou-nos atenção a caixa do correio exposta, percebemos que a mesma é utilizada até hoje em casas mais antigas.
Em geral, nossa visita pôde abranger até mais do que a exposição proposta, nos chamou atenção as artes interativas, os quadros que representam cada fase da população negra na sociedade e nos fez refletir sobre nossa percepção do mundo, como a importância do passado para a construção da sociedade que vivemos atualmente.
[2.0] Análise:
[2.1] Manifestações artísticas que revelam a relação da população negra com o sagrado:
A religiosidade para os negros foi impressa e é muito conhecida por sua crença em santos, rituais, deuses e sua fé em seus ancestrais. Há os famosos “orixás” que são as divindades para a população que acredita serem entidades sobrenaturais, ou seja, intermediários entre os homens e seu deus maior, Olorun. É interessante destacar que há diversidade de línguas nos cultos religiosos, como por exemplo, em um culto de Umbanda e Caboclo é dominado o português, misturado com palavras africanas e tupi. Na seção, também nos é exposta a realização de rituais e festas de celebração à suas tradições, no período colonial com os negros africanos, tendo a Congada e o Maracatu. Uma curiosidade: muita gente acredita