Exposição ''obsessões da forma''
São 50 obras de mestres da escultura do século 19 aos dias de hoje. A forma é proporcional à obsessão.
Destaque para a excelente montagem no subsolo do museu, dividida em núcleos temáticos pertinentes e variados, a exemplo de “nus”, “dança”, “animais” e “casais”. Há desde o elogio clássico da beleza promovido pelos franceses Renoir, Rodin e Degas (inclusive o maravilhoso bronze Bailarina de 14 Anos) até as formas modernas e grotescas criadas por Francisco Stockinger e pelo americano Jim Dine,
A escultura era o mais significativo formato da arte, porque melhor podia representar a forma humana, a única a revelar o espiritual que existe sob o sensual.
De todo modo, para Hegel, a arte proporciona a experiência estética da liberdade do espírito, para ele a escultura grega clássica era a forma de arte, que melhor oferecia essa experiência com sua representação idealista da forma humana.
Mas a escultura não se deteve nessa obsessão, Hegel dizia que a escultura deveria preocupar-se só com a forma, não com o sentimento, que era próprio do drama. E foi exatamente a obsessão com o sentimento que se infiltrou cada vez mais na escultura, como mostra Rodin. Essa era a nova obsessão no século XIX.
Para ele, escultores foram buscar a beleza ainda mais pura em formas isentas da aparência humana ou que a lembravam apenas de longe, como nas formas orgânicas de Brunelo e Mário Cravo Jr.
As obsessões são várias e sobrepõem em um mesmo período de tempo. Algumas se concentram na forma do animal, que Hegel não achava capaz de fornecer a experiência estética por lhe faltar, exatamente, o espírito. E depois a obsessão, como em Calder, foi o movimento. E em seguida, a luz, como em Le