Exposicao ocupacional ao mercurio

Exposição ocupacional ao mercúrio
Bernardino Ramazzini em 1700 na sua obra “As doenças dos trabalhadores”
“os escavadores de minérios de mercúrio apenas conseguem atingir três anos de trabalho” “no espaço de quatro meses apenas aparecem tremores dos membros, tornam-se vertiginosos e paralíticos”
Sobre os que inalam os vapores de mercúrio:
“não podendo virar o rosto para evitarem a absorção dos vapores venenosos, e, assim, rapidamente, sofrem vertigens, tornam-se asmáticos, ficam paralíticos e tomam um aspecto cadavérico. Poucos envelhecem nesse ofício, e, os que não sucumbem em pouco tempo, caem num estado tão calamitoso que é preferível desejar-lhes a morte. Tremem o pescoço e as mãos, perdem a dentadura, bambeiam suas pernas.”
Jovem trabalhador exposto ao mercúrio:
“Coube-me examinar, ultimamente, a um jovem que, depois de dois meses deitado, morreu; por não ter tido cuidado com as emanações do mercúrio, primeiramente ficou caquético, com rosto pálido, a face cadavérica, os olhos inchados, sentia dispnéia e apresentava confusão mental; apareceram, também, úlceras dolorosas na boca, das quais corria continuamente abundante e escuro sangue” Notícias dos tempos de hoje...
Notícia publicada no Jornal do Brasil em 18/09/2011

Brasil vai defender controle do uso do mercúrio em reunião amanhã no Panamá
Brasília – Um grupo de trabalho coordenado pelo Ministério das Relações
Exteriores vai defender amanhã (19), durante uma reunião de países latinoamericanos no Panamá, o controle do uso do mercúrio na região.
Em entrevista, o diretor do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e
Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, Guilherme Franco Netto, disse que o país não cogita levar a proposta de banimento da substância.
“Uma posição radical é uma coisa que não atende muito. O uso no Brasil é tão espalhado, manipulado inclusive em pequena escala – quase todos os processos de extração mineral têm manipulação de mercúrio. Seria uma posição um pouco além do que a realidade