Exportação de frutas brasileiras

Frutas Cítricas e suas dificuldades no mercado mundial

O Brasil atualmente é o terceiro maior produtor de frutas do mundo, com uma produção anual de 42 milhões de toneladas, e isso se da devido às condições climáticas brasileiras. Estima-se que em 2011 a produção será ainda maior, batendo o recorde da última safra, de 42 milhões para 44 milhões de toneladas produzidas.
Dos 42 milhões produzidos em 2010, 65% foi distribuído e consumido pelo mercado interno e os 35% restantes foram exportados ao mercado externo. A laranja (em forma de suco) lidera as exportações, seguida de mamão, banana, uva, melão e melancia. Mas apesar da grande produção, as exportações brasileiras representam apenas 2,4% do total exportado de frutas, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
Mas o Brasil ainda enfrenta várias barreiras para exportação de suas frutas, principalmente no setor de cítricos. Essas dificuldades se dão muitas vezes por barreiras legislativas e fitossanitárias. De acordo com o grupo Cultivar, mais de 90% das exportações brasileiras de frutas cítricas estão restritos aos países da União Européia (UE) e estão vinculadas ao período de entressafra da produção de cítricos no hemisfério Norte, principalmente da Espanha e dos outros países do mediterrâneo, quando são retiradas as sobretaxas para a importação de frutos pela UE. Nesse nicho, o Brasil compete com outros países do hemisfério Sul que apresentam melhores condições para a produção e comercialização de frutos in natura, como é o caso da África do Sul, Argentina, Austrália e Uruguai. A fruta cítrica produzida no Brasil apresenta um aspecto visual inferior devido ao clima, que age na coloração dos frutos, e à ocorrência de pragas e doenças, que levam a uma depreciação do produto final. No meio desta guerra por mercado, os problemas fitossanitários são utilizados como barreiras com objetivo de restringir as importações por países da UE. Os EUA não é um grande comprador de