Explicação da capilaridade no solo
As árvores não "bebem" águas subterrâneas
Árvores 'bebem' água capilar. Seu instrumento para beber água capilar é a raiz primária. Nesta foto você pode ver as raízes primárias indo para baixo no solo escuro. Este solo é escuro por causa do teor de água nos canais capilares.
No solo existem milhões de canais verticais ou tubos. Estes são chamados “tubos capilares”. Sempre que há um aguaceiro, o excesso de água desce para baixo da terra pelos tubos capilares. Em tempo seco, os mesmos tubos transportam a água para a superfície. As árvores estendem suas raízes nesses tubos capilares – que também contém fileiras de fungos que são higroscópicos (atraem água) – e com suas raízes laterais elas sugam a água capilar quando está seco e quente. É assim que uma árvore suporta o calor. Em rochas, minúsculas fissuras invisíveis funcionam como tubos capilares. Mesmo em climas menos suáves há água no solo mais do que suficiente para uma árvore sobreviver e crescer. Cai mais chuva nos desertos do que pensamos: comumente entre 150 a 250 milímetros por ano. Isto é o equivalente a uma quantidade entre 150 e 250 litros de água por metro quadrado (um milímetro de precipitação é igual a um litro de água por metro quadrado). Isto representa também de 1,5 a 2,5 milhões de litros por hectare. Em muitos desertos há uma precipitação de 500 milímetros por ano. Alguns desertos chegam a ter 1000 milímetros por ano. A Holanda tem por volta de 700 milímetros por ano. O problema não é a falta de precipitação, mas sim o período em que ela cai. Em alguns lugares chove por um mês e permanece seco por onze. Se o período úmido é longo o suficiente e as raízes alcançaram a água capilar, a muda vai sobreviver. Se observarmos áreas de rochas (Alpes, Montanhas Rochosas) ou savanas (Mali, Mauritânia) veremos que enormes árvores crescem lá com facilidade. Mesmo em cima de entrada de túneis, como por exemplo, os holandeses Coentunnel, Dortsetunnel e o Maastunnel, vemos