experiencias
Tarek é um motorista de táxi, ex-repórter, inscrito no tal experimento onde 20 homens são divididos em dois grupos: policiais e presidiários; e levados para conviver duas semanas dentro de uma penitenciária simulada. O primeiro dia é tudo uma grande brincadeira, ninguém está levando aquela bobagem à sério. No segundo dia, a coisa piora consideravelmente. O mesmo Tarek está vendendo a história para o jornal que trabalhava, ou seja, pelo momento, ele é um agente infiltrado. E se eu te dissesse que o filme fica brabo daí em diante, eu estaria superficializando. "Das Experiment" fica brabo, mas não tanto no sentido escatológico (eu disse "não tanto"!). O filme cria um clima que vai ficando mais pesado, mais claustrofóbico à medida que a história - e a loucura - segue adiante, feliz e contente. O experimento real foi cancelado, impedindo que os participantes caíssem no braço (existia uma iminência grave de porrada momentos antes da anulação do projeto), "Das Experiment" pondera em cima do: "o que aconteceria se tivesse ido adiante?" E as possibilidades imaginadas são de gelar a espinhela.
Moritz Bleibtreau, o namorado da "Corra, Lola, Corra", interpreta Tarek, o sujeito que quer mais ver o circo pegar fogo e ver você no baile. O sujeito é um dos maiores atores atuais da Alemanha (tipo um Tarcisão) e através de "Das Experiment", dá para saber o por quê. Todo raio de crítica faz essa comparação, talvez sejam os óculos high tech usados por seu personagem durante o filme, mas Bleibtreau realmente tem um quê de James Dean no filme, tanto os maneirismos como o jeito como seu personagem reage aos abusos do experimento, Bleibtreau transmite o mesmo tipo de insolência e desespero, numa atuação nada menos