Expatriação
IMAGEM: KIPPER
Expatriação de executivos
A mobilidade de profissionais entre diversos países é hoje um fenômeno comum, com a internacionalização e globalização das empresas. O fenômeno da expatriação consiste de uma experiência de mão dupla que deve trazer benefícios não só às organizações como também à carreira dos indivíduos.
O artigo analisa os problemas típicos incidentes nas expatriações e defende que o sucesso da experiência depende de um esforço conjunto entre empresas e seus profissionais. por Maria Ester de Freitas FGV-EAESP
A
expatriação profissional tornase uma prática cada vez mais comum no quotidiano das grandes empresas. Ela é resultado de uma decisão ou política organizacional, e consiste de um recurso de que as empresas lançam mão para atingir objetivos tão variados como a interna-
cionalização de sua gestão, o aumento do repertório de conhecimentos de uma certa equipe para desenvolver um projeto ou uma unidade específicos, a formação de novos líderes, a elevação do nível de coordenação e controle de suas unidades geograficamente dispersas, a elevação da diversidade
estratégica de seus recursos humanos em face de mercados globais e a exemplificação de aspectos importantes da cultura da empresa-mãe.
Esses motivos podem atuar isoladamente ou em conjunto, mas estão normalmente na base da decisão da empresa em expatriar. Todavia, isso
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não significa que tal decisão seja tomada apenas pela empresa: envolve também os indivíduos em questão.
Estes ponderam ganhos em relação a suas carreiras e também expectativas futuras de ascensão a cargos superiores. Pesa ainda a favor da decisão individual pela expatriação a oportunidade de oferecer aos filhos uma melhor educação, a aquisição de um novo idioma e habilidades interculturais, hoje tão exigidas no mundo corporativo. Neste artigo, baseados em uma