Expansão e crise do socialismo
1. Rumo à perestroika e glasnost. Terminada a Segunda Guerra Mundial a URSS retomou a aplicação dos Planos Quinquenais, agora com outras prioridades e metas, visto que o país saíra da guerra com grandes perdas humanas e materiais e, logo em seguida, envolvida na Guerra Fria. O crescimento econômico ficou bastante comprometido em virtude da aplicação de verbas em armamentos. A planificação e dirigismo econômico continuaram, embora, após a morte de Stalin (1953), tenham sido permitidos investimentos capitalistas estrangeiros no país.
Um dos marcos na história política no bloco socialista ocorreu no ano de 1956, quando da realização do XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética, na presidência de Nikita Krutschev (1955-1964), tendo este denunciado as atrocidades cometidas por Stalin durante seu governo: era o início da Desestalinização, com o fim do culto à personalidade de Stalin e também a condenação às violações dos princípios socialistas, além da hipertrofia burocrática. As denúncias proferidas por Krutschev provocaram profundo impacto mundial, abalou o movimento comunista internacional e serviu de pretexto para uma maior divisão do mesmo. A adoção de uma política de maior tolerância interna e externamente, a retração da ameaça de guerra com os países do bloco capitalista, a redução dos investimentos em indústrias bélicas, o estímulo à produção de bens de consumo, a descentralização regional e a possibilidade de livre comercialização da produção excedente originou uma reorientação na política soviética conhecida como “Degelo”, com notória crítica à política Stalinista de corrida armamentista à época da Guerra Fria. Krutschev proclamava a Coexistência Pacífica. Acusado pelos chineses de abandonarem a luta revolucionária socialista, a URSS abandonou a política chinesa à própria sorte, retirando sua ajuda econômica, militar e técnica, além de agravar os conflitos fronteiriços. Além