Expansão européia
O comércio com o oriente
As cruzadas, que recolocaram o Ocidente em contato com o Oriente, criaram o gosto pelo consumo de exóticos produtos orientais. Os artigos mais consumidos eram joias, perfumes, veludos pintados, tecidos de seda e especiarias, como a noz moscada, canela, o cravo e a procuradíssima pimenta, que chegou a ser usada como moeda. A expansão do mercado europeu para esse tipo de mercadoria pôde ser rapidamente aproveitada pelos mercadores das cidades italianas, principalmente Gênova e Veneza.
Os comerciantes de Gênova e Veneza recebiam os produtos orientais (das Índias) nos portos de Trípoli, Alexandria e principalmente em Constantinopla.
Os mercadores de outros países queriam quebrar o monopólio de Gênova e Veneza e participar desse comércio tão lucrativo. Esse foi o principal fator que impulsionou as viagens marítimas. Mas havia muitos outros motivos que impulsionaram a expansão marítima no século XV como:
•Conquista de Constantinopla: os turcos conquistaram Constantinopla em 1453, bloqueando o comércio de especiarias pelo Mar Mediterrâneo;
•Necessidade de Novos Mercados: os europeus precisavam seu artesanato e manufaturas e precisavam de gêneros alimentícios e de matérias primas;
•Falta de Metais Preciosos: era preciso descobrir novas jazidas de ouro e prata para cunhagem de moedas porque na Europa não havia mais esses metais preciosos;
•Interesse dos Estados Nacionais: a aliança da burguesia com os reis ajudou em muito nesse processo;
•Propagação da Fé Cristã: a difusão da fé religiosa justificava conquistar e converter povos da América, África e da Ásia;
•Ambição Material: todos que se envolviam nas longas viagens marítimas queriam demais enriquecer com as descobertas que estavam por vir;
•Progresso Tecnológico: a expansão marítima só foi possível graças ao desenvolvimento e o uso da bússola, do astrolábio, do quadrante, da caravela e do aperfeiçoamento dos mapas