Expansão Escolar 1930
As relações construídas pelos líderes industriais repercutem, como veremos, em um processo de (re) construção do perfil da classe trabalhadora que determina as políticas públicas implantadas no Brasil, com especial atenção para o período que vai de 1920 a 1964.
Bárbara Weinstein (2000), destaca a influência que os industriais, especificamente do estado de São Paulo, exerceram em relação à implantação do ensino profissional e à formação dos operários na direção de uma cultura de produção e capital voltada aos interesses e demandas do mercado. Ressalta as preocupações dos mesmos e a do Estado em conter as manifestações dos trabalhadores com políticas populistas e assistencialistas. Destaca nomes de grandes empresários, entre eles Roberto Simonsen e Roberto Mange, que influenciaram e ditaram a direção da educação industrial.
Segundo Weinstein (2000), a máxima eficiência do trabalho, conforme preceitos da organização científica do trabalho e da racionalização da vida industrial, foram as bandeiras levantadas pelos industriais cuja propagação se intensificou nas décadas de 1930 e 1940. O discurso expunha e declarava defendia que a implantação de princípios de organização racional do trabalho nas indústrias brasileiras seria a solução para uma série de problemas econômicos e sociais. (p.34).
As iniciativas e realizações no campo industrial seguiram tais princípios e a racionalização do trabalho na fábrica tornou-se fonte de poder e instrumento de convencimento na luta por interesses particularizados de diferentes categorias empresariais e trabalhistas durante as primeiras décadas do período acima citado.
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