Expansão do Império Napoleônico
A convivência com as potências européias torna-se insustentável devido à política de guerra permanente do Império, levando à formação de coalizões dessas nações contra os franceses. Napoleão I tenta invadir a Inglaterra, mas é derrotado na batalha de Trafalgar (1805). Volta-se, então, para a Europa central. Vence a Áustria na batalha de Austerlitz. Por meio de guerras e acordos, torna-se imperador da Alemanha, Itália e Holanda. Após invadir a Prússia oriental e a Polônia (1806), obriga a Rússia a aliar-se à França contra os ingleses. Com o objetivo de arruinar a Inglaterra, Napoleão estabelece um bloqueio continental, que impede o comércio de mercadorias inglesas na Europa. Para viabilizar essa estratégia, põe em prática uma política exterior de usurpações, como a conquista de Portugal (1807), que provoca a vinda da Corte portuguesa ao Brasil, e a invasão da Espanha (1808).
O expansionismo gera novas dificuldades: em 1809, o Exército imperial enfrenta rebeliões militares na Espanha e assiste à formação de uma quinta coalizão. Mas, no mesmo ano, Napoleão derrota a Áustria, novamente em Wagram, e assina a paz de Viena. A aproximação dos dois Estados é reforçada pelo casamento do imperador com a arquiduquesa Maria Luísa da Áustria. Em 1810, o Império Napoleônico atinge o máximo de seu poder, com a anexação da Holanda e do litoral alemão. Nessa época, o império tem 71 milhões de habitantes, dos quais apenas 27 milhões são franceses. Seus domínios abrangem quase toda a Europa, estendendo-se por uma área de 750 mil km², divididos em 130 departamentos.