Expansão da profissão e a ideologia desenvolvimentista

Expansão da profissão e a ideologia desenvolvimentista

É na década de 1960 que a profissão sofre uma expansão, “ modernizando-se” tanto como o agente como o corpo teórico, métodos e técnicas por ele utilizados. No período que se situa entre 1947-1961, ocorreram os dois primeiros Congressos Brasileiros de Serviço Social, que no essencial, se gestam as condições para o florescimento da profissão.
No decorrer da década de 1940, ocorre uma mudança da economia nacional, com melhorias das relações de intercâmbio com o exterior, taxas de crescimento positivas, que se fazem acompanhar de medidas de política econômica que têm em vista o aprofundamento da industrialização. A partir de 1955, ocorre uma reversão dessas tendências positivas e a luta pela definição das opções tendo em vista criar condições favoráveis à expansão econômica, nos marcos do “capitalismo dependente”, são elementos das condições concretas em que se engendra a ideologia desenvolvimentista e que marcam suas vertentes.
A ideologia desenvolvimentista envolve a proposta de crescimento econômico acelerado, continuado, auto-sustentado. Sendo assim , se define por meio da busca da expansão econômica, no sentido de prosperidade, riqueza, grandeza material, soberania, em ambiente de paz política e social, e de segurança, elaborando uma política econômica e trabalho para eliminar o pauperismo, a miséria, elevando-se o nível de vida do povo como conseqüência do crescimento econômico atingido. A especulação presente na ideologia desenvolvimentista sobre as razões do subdesenvolvimento percebe que este se deve ao predomínio do modelo agro-exportador e/ou ainda fraco desenvolvimento industrial do país ( indústrias de transformação).
Na busca do desenvolvimento, não é necessário discutir ou questionar a presença do capital estrangeiro. O conceito de soberania fica politicamente invertido, quando vinculado e dependente do desenvolvimento ou riqueza: não se trata de garantir a soberania do país, evitando ou