Existencialismo para Jean Paul Sartre
Jean-Paul Sartre nasceu em 1905 em Paris e morreu em 1980. Viveu 75 anos do século XX, anos estes em que o mundo foi marcado, de modo geral, por inúmeras transformações, as quais contribuíram para a construção de um novo modo de ser da humanidade.
Terminada a Segunda Guerra Mundial, surgiu na Europa, como um esforço de sua reconstrução, o Existencialismo.
Sartre, em sua conferência O Existencialismo é um humanismo, proferida e publicada em 1946, defendia, diante de alguns católicos e marxistas, que o Existencialismo não se trata de uma filosofia pessimista, contemplativa e passiva, mas de uma doutrina capaz de tornar a vida humana possível.
Ele dizia que a maior parte das pessoas que utilizavam o termo Existencialismo ficaria bem embaraçada se tivesse que explicá-lo, pois essa palavra tinha assumido uma tal amplitude que já não significava absolutamente nada. Mas Sartre afirma que o Existencialismo é uma doutrina menos escandalosa e a mais austera; e destinada exclusivamente aos técnicos e aos filósofos. Para o Existencialismo, o homem é causa de si e não tem uma essência definida, sendo também que o Existencialismo sartriano é ateu. Sendo assim, o homem simplesmente existe, e sua essência será apenas aquilo que ele fizer de si mesmo, aquilo que ele se projetar, levando em consideração a condição na qual ele está inserido.
Para Sartre, quando se diz que o homem é responsável por si mesmo, não se quer dizer que o homem é apenas responsável pela sua individualidade, mas pela responsabilidade de toda a humanidade. Deve-se lembrar que não existe uma natureza humana, ou seja, como não existe um Deus para lhe dar uma essência, o homem não pode ser chamado de ser humano. O homem é apenas um ser no mundo, que pode caminhar em várias direções, assim há uma condição humana, e isso faz com que o homem seja responsável pelo todo. Eis o ponto de partida do Existencialismo. De fato, tudo é permitido se Deus não existe, e, por