Existe segurança no transporte ferroviário?
“Temos que ter a certeza que todos os passageiros se sentem seguros. Temos que ter essa preocupação e essa garantia”. Foi assim que Artur Cerejo, diretor de segurança dos comboios de Portugal (CP), iniciou o seu discurso na conferência “A segurança no sistema ferroviário”, na Universidade Lusófona, no dia 24 de abril.
O terrorismo tem sido um alvo a combater na segurança dos transportes ferroviários. Artur Cerejo explicou que “os transportes públicos são um alvo muito apetitoso” dos terroristas e que as redes ferroviárias “significam 35% do número total de ataques contra os transportes”. Já os comboios de carga “são os que têm menor percentagem [de ataques] visto que o objetivo é causar baixas humanas”.
É preciso estar “à frente das ameaças”
“Conseguimos fazer a prevenção mas a tecnologia tem vários custos. Ela não é por si só capaz de identificar e evitar todos os riscos e é difícil aplicar a toda a ferrovia”, explicou o diretor de segurança da CP. Para Artur Cerejo, é fundamental adotar medidas de “proteção nas estações, nas infraestruturas, nos transportes de mercadorias e nas próprias instalações das empresas”.
É isso que os passageiros esperam: “que não haja atrasos nos comboios, que a segurança seja adequada, que façamos uma avaliação de ameaças correta e que estejamos a trabalhar para futuros perigos. Como é que conseguimos fazer isto? Com uma compreensão clara dos objetivos, com um plano de implementação realista e rigoroso e com uma comunicação eficaz entre os múltiplos intervenientes”, defendeu.
Artur Cerejo sublinhou que o desafio é conseguir estar “à frente das ameaças” e poder “antecipá-las”. Acrescentou que “não há nada de novo” sob a forma de as combater e o que interessa é a