Exigencias nutricionais de vacas leiteiras
Júlio César Damasceno1, Geraldo Tadeu dos Santos1, Cristiano Côrtes2, Fabíola Cristine de Almeida Rego2.
1
Professor Doutor do Departamento de Zootecnia da UEM – Pesquisador do CNPq 2 Aluno do Programa de Pós-graduação em Zootecnia da UEM – Nível doutorado
O presente texto aborda o assunto alimentação de vacas leiteiras com um enfoque sistêmico, em que a exploração leiteira consiste em atividade conversora de recursos alimentares (pastos, cereais, oleaginosas, farelos, subprodutos da agroindústria, etc.) em leite, cujo valor agregado é superior à matéria-prima original. Neste contexto, nos cabe caracterizar os referidos recursos alimentares disponíveis, a fim de se definir as verdadeiras possibilidades de uso destes na exploração leiteira. Quando não se respeita a relação de compatibilidade entre os alimentos e o animal, insucessos são observados com freqüência. Entende-se por compatibilidade o fato de se adequar a exploração animal aos recursos alimentares disponíveis, maximizando-se a conversão desta matéria-prima em produtos de origem animal. Considerando-se as exigências dos animais em relação a qualidade de alimentos, pode-se hierarquizar os animais, a partir da maior demanda, da seguinte forma: vacas leiteiras, animais em crescimento e terminação, vacas de cria (gado de corte) e ovelhas. Assim, quando há disponibilidade de alimentos de qualidade deve-se optar por atividades que demandam e respondem adequadamente a este recurso, como a vaca leiteira, animais em crescimento e terminação. O mesmo raciocínio seria utilizado quando há disponibilidade de alimentos de média a baixa qualidade, optando-se neste caso por atividades como vacas e ovelhas de cria (corte). Em função de suas características, a vaca leiteira exige dietas de alto valor nutricional, comparada às outras explorações de ruminantes. Em explorações leiteiras de sucesso, temos observado que as relações de compatibilidade são sempre respeitadas,