Exercícios de regência verbal
Regência verbal é a relação de dependência, de subordinação, que se estabelece entre os verbos e seus complementos. Regência é a matéria que mais dificuldades traz ao estudante pela variedade de significados e de relações que um mesmo verbo pode ter. É também um estudo polêmico, pois alguns gramáticos admitem determinada regência, outros, regência diferente. Por exemplo: há gramáticos que chamam o verbo ir de transitivo circunstancial; outros, de intransitivo.
O verbo pode se ligar a seus complementos de dois modos: com ou sem o auxílio de uma preposição.
Quando não houver a preposição, chamaremos o verbo de TRANSITIVO DIRETO e seu complemento de OBJETO
DIRETO. Quando houver a preposição, chamaremos o verbo de TRANSITIVO INDIRETO e seu complemento de
OBJETO INDIRETO. Quando o verbo possuir os dois complementos, chamá-lo-emos de TRANSITIVO DIRETO E
INDIRETO. Além dessas denominações, há o verbo INTRANSITIVO, que não necessita de complementação.
Na verdade, os nomes não são absolutamente necessários. O que mais importa é o estudante saber usar o verbo adequadamente, com a preposição quando ele a exigir, sem a preposição quando ele a rejeitar.
VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS (VTD).
Não exigem preposição. Esses verbos são os únicos que admitem a oração na voz passiva (o sujeito sofre a ação). Quando o objeto direto for representado por um pronome de terceira pessoa (ele, ela, eles, elas), deveremos usar os pronomes -O, -A, -OS, -AS. Veja os verbos.
ASPIRAR, no significado de sorver, sugar, atrair aos pulmões.
Ex.: Extasiado, aspirou o perfume da garota.
VISAR, no sentido de mirar ou no de dar visto.
Ex.: O policial visou o gatuno. O gerente visou o cheque.
AGRADAR, no sentido de fazer agrados, afagar.
Ex.: Agradava o namorado, para acalmá-lo.
QUERER, no sentido de desejar.
Ex.: Os grevistas querem aumento de salário.
CHAMAR, no sentido de convocar.
Ex.: O governo chamou os jovens para o Serviço Militar.