Exercício de algoritmos
O Bypass Gástrico é a cirurgia bariátrica mais utilizada no mundo. Estima-se que, de todas as cirurgias realizadas, o bypass represente 70% delas.
Na década de 60, dois cirurgiões, Mason e Ito, perceberam que pacientes que eram submetidos à gastrectomia por algum motivo, tinham como conseqüência a perda de peso. Concluíram que o fator emagrecedor era duplo.
O primeiro fator era a diminuição do estomago para um volume de 100 ml e o outro era o fato da comida não passar pelo duodeno e jejuno inicial. Resolveram então fazer a mesma cirurgia com a finalidade de causar emagrecimento em obesos mórbidos.
Portanto, em 1967 iniciou-se a era do Bypass Gástrico para tratamento da obesidade.
Com a evolução da técnica cirúrgica, em 1986, Fobi repetiu a mesma técnica, porém, sem a retirada do estômago. Uma parte menor do estômago ficava ativa e recebia o alimento com uma capacidade de 100 ml e a parte maior, com capacidade de 1500 ml, ficava inativada.
Isso reduziu o tempo de cirurgia e deu a possibilidade de uma reversão futura porque o órgão ainda estava lá. Alem disso criou-se um anel de silicone que não permitia a dilatação estomacal.
Pouco tempo depois, Capella, em 1991, diminuiu ainda mais o estômago agora de 100 para 20 ml e o anel siliconado começou a ser fabricado com o próprio intestino delgado. Criou-se então a técnica de Fobi e Capella.
Em 1994 Wittgrove e Clark fez o primeiro Bypass Gástrico por videolaparoscopia, onde a única diferença em relação ao Fobi e Capella era a ausência de anel de silicone. Até hoje o Bypass Gástrico por Videolaparoscopia é tido como o "Padrão Ouro" da cirurgia bariátrica, principalmente devido às suas enormes vantagens:
1. Menos dor
2. Recuperação mais rápida
3. Cicatrizes mínimas, com melhor resultado cosmético
4. Menos infecções de ferida operatória
5. Menor incidência de hérnia incisional
6. Menor permanência hospitalar
7. Retorno mais rápido à atividade habitual