Exercicio Macro
2. Premissas, valores e problemas;
3. Valores e objetivos;
4. Treinando os administradores em técnicas de antecipação.
I. INTRODUÇÃO
O sistema econômico contemporâneo atravessa um período de crises, caracterizado por mudanças profundas na organização da produção e por freqüentes inovações de processos e produtos, com amplos efeitos sobre o nível de emprego, a distribuição da renda e, portanto, as possibilidades de expansão das próprias empresas. Conhecer e compreender as tendências e sua dinâmica constitui um primeiro passo para uma antecipação, ainda que em termos probabilísticos, das possíveis alternativas de ação empresarial e administrativa, seja ao nível' da empresa privada, seja ao da administração pública. Convém assinalar, contudo, que antecipação não é sinônimo de predição, a qual requer um grau de certeza dificilmente alcançado na prática administrativa.
É compreensível o anseio dos policy or decision makers no governo, na indústria e em outras instituições,
Henrique Rattner+
por uma antevisão quanto mais precisa e fidedigna do meio ambiente futuro, ao qual deverão ajustar seus planos e projetos.
Contudo, as premissas e as hipóteses sobre as quais são construídas as antecipações no futuro carecem freqüentemente do rigor e do suporte teóricometodológico necessários para o' bom êxito dos exercícios de previsão. Um dos problemas fundamentais parece residir na reificação da inovação tecnológica, como se fosse um processo autônomo, obedecendo às suas próprias leis e dinâmica, independentemente da evolução e interação do meio socioeconômico e cultural.
A partir dessa premissa, infere-se que a tecnologia teria condições de desenvolvimento espontâneo para responder às necessidades da sociedade, às oportunidades criadas em função dos recursos nela existentes ou, em outras palavras, identificando-se essas condições e recursos, seria possível prever o progresso técnico, como resposta às necessidades