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Adão e Eva existiram de fato; foram os primeiros humanos, não se pode negar isso. Não sabemos onde foram criados e nem quando, mas são tão reais quanto é real o gênero humano. Deus se apresentou ao homem nas suas origens, ao homem real e não a um ser fictício. Adão e Eva são nomes de origem hebraica; representam os primeiros seres humanos.
A ciência, e não a Igreja, é quem deve dizer onde eles existiram e quando. Uma notícia publicada esta semana na famosa revista científica Science diz que os paleontólogos descobriram em 2005, na Geórgia, próximo do Mar Negro, um crânio humano de 1,8 milhões de anos. Com base nos estudos dessa descoberta esses cientistas disseram que se reforça a hipótese de que a humanidade surgiu de uma única espécie. Com o avanço da ciência saberemos um dia onde surgiu o primeiro casal humano, isto é, os primeiros que receberam de Deus uma alma imortal, ou seja, Adão e Eva.
Não há necessidade de admitir que Adão tenha sido fisicamente mais belo e mais evoluído do que os homens da pré-história. O primeiro casal de que fala o Gênesis, pode ter tido uma configuração grosseira como mostram os fósseis. O que a Igreja ensina é que o primeiro casal vivia na amizade e comunhão com Deus (estado de santidade); é o que expressa a sua presença no jardim de Deus, o Éden. Adão tinha também o que se chama de estado de “justiça original”, que significa plena harmonia consigo mesmo (não tinha traumas, tristezas, problemas…), harmonia com a mulher, com Deus, com os animais e com a natureza. Com a desobediência a Deus, o pecado, perdeu a amizade de Deus a plena harmonia com a mulher, com Deus e com a natureza. A morte entrou na história humana pelo pecado (Rm 6,3). Jesus Cristo, o novo Adão, pela sua Encarnação e Paixão, veio recuperar o que o primeiro Adão perdeu, e nos dar a oportunidade de voltar ao Paraíso.