Exemplo sistema Inteligência Artificial
SPRING (Sistema de Processamento de Informações Georreferenciadas)
SPRING é um sistema para desenvolvimento de aplicações geográficas, feito pela Divisão de Processamento de Imagens (DPI) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e que conta com funções de processamento de imagens, análise espacial, modelagem numérica de terreno e consulta a bancos de dados espaciais.
Para a função de interpretação de imagens de satélite do SPRING, foi utilizada a Lógica Fuzzy. Um especialista analisou cerca de 17mil segmentos de imagens de terrenos e os classificou segundo conceitos da lógica Fuzzy, dando valores entre 0 e 1 – área desmatada tem valor 0 e floresta valor 1. Esta classificação é necessária, pois em uma imagem, os elementos não aparecem de maneira única e pode acontecer de uma área que foi desmatada estar brotando outra vez. Nesta situação a área pode ser classificada como 0,5 floresta e 0,5 desmatada.
A função de interpretação do SPRING faz uso de redes neurais, pois esta é a técnica mais adequada para reconhecimento de padrões. A interpretação da imagem feita pelo especialista, que identificou áreas de floresta, cerrado, desmatamento, água, nuvem e sombra foi passada à rede neural, que passou a reconhecer os padrões com o mesmo grau de acerto.
A vantagem do SPRING em relação ao trabalho humano é a diferença brutal de tempo gasto para a interpretação das imagens. Para cobrir toda a área da Amazônia, por exemplo, são necessárias cerca de 230 imagens de satélite. Em algumas áreas, chega a haver milhares de pontos de desmatamento numa só imagem.
O especialista humano analisa a imagem, detecta os milhares de pontos e transfere-os manualmente sobre um mapa. O trabalho de transferência destas informações para um banco de dados, muitas vezes não é possível e quando é, tem-se uma média de 500 horas gastas em apenas uma imagem.
Com o SPRING fazendo automaticamente a