Exegese do livro de joão
EVANGELHO DE JOÃO
PROF. J. A. RODRIGUES ALVES
INTRODUÇÃO GERAL
AUTOR: O Evangelho de João é anônimo no sentido de que o autor deliberadamente evita declinar seu próprio nome de forma direta. Segundo João 19:35, o autor fora testemunha ocular dos atos que o Evangelho relata, e em João 21:24,25 identifica-se como o discípulo amado, que também aparece em outras partes do Evangelho (João 13:23; 19:26, 27; 20:2-10). Quem é esse discípulo amado?
Posição Tradicional: o autor é João, filho de Zebedeu.
O primeiro escritor extrabíblico que menciona o nome do autor deste Evangelho é Irineu (séc. II). Ele diz que seu autor é João, o discípulo do Senhor; que este Evangelho foi publicado em Éfeso e que João permaneceu na cidade até os tempos de Trajano (98-117 AD).
Papias (n. 70 AD) refere-se a João, o Presbítero, o que sugeriu a muitos eruditos a idéia de que existiram duas pessoas com o nome de João. Tal declaração confundiu o quadro, contudo, Papias não foi suficientemente claro para definir a questão.
No entanto, até o séc. 18 ninguém apresentou dúvida quanto à identidade de João, o filho de Zebedeu, como o autor do quarto Evangelho. Desde então, a imaginação dos especialistas produziu toda classe de soluções. Entre elas figuram a de B. W. Bacon, que sugere o apóstolo Paulo e J.N. Sanders, que identifica o discípulo amado como Lázaro.
Os atuais estudos sobre este problema apresentam tendências bem definidas. León Morris, Bruno de Solages, Werner de Boor e Jean Colson defendem a posição de que João, filho de Zebedeu, é o autor do quarto Evangelho.
Estudos modernos que proporcionam um processo iniciado por João. Esta corrente não aceita João como único autor do Evangelho. Aceita, contudo, que o Evangelho é produto de uma tradição originada no testemunho ocular do discípulo amado que, quase seguramente, foi João, o filho de