Execução Trabalhista

Análise Crítica
Código de Ética do CONAR

O CONAR possui como missão impedir que a publicidade enganosa ou abusiva cause constrangimento ao consumidor ou a empresas, como também, visa promover a liberdade de expressão publicitária e defender as prerrogativas constitucionais da propaganda comercial.
Cada vez mais podemos observar as campanhas criativas das agências para seus clientes que procuram sair da grande mesmice, explorando novos caminhos. Porém, a maioria dos novos conceitos para campanhas estão caindo no filtro do CONAR e ameaçados de serem retirados do ar.
É certo afirmar que a população brasileira está envolvida nas reclamações contra os comerciais veiculados, alguns deles estão se sentindo ofendidos pelo tipo de linguagem escolhida.
Um bom exemplo deste ocorrido aconteceu com a marca Hope e seus comerciais intitulados “Hope Ensina” que utilizavam sua garota propaganda Gisele Bündchen. Nos filmes, Gisele aparece usando roupas normais para falar, por exemplo, que bateu o carro. A estratégia é classificada como "errada" e em seguida a forma "correta" é mostrada: a modelo repete a notícia, usando apenas lingerie. "Você é brasileira, use seu charme.” O comercial gerou denúncias que tinham como argumento que a Hope não tinha tratado com respeito a condição feminina, tornando-se sexista. Acredito que esse tipo de efeito tenha afetado uma pequena e não considerável parte da população para causar a abertura de um processo de avaliação contra a campanha. Será que não deveria existir um limite de aceitação do CONAR para essas reclamações?
Já presenciamos grandes campanhas saírem do ar ou serem ameaçadas por causa de meia dúzia de pessoas que se sentiram ofendidas e o CONAR abriu processo para averiguar a veracidade das denúncias. Acredito que deveria existir uma espécie de conscientização da população sobre o real papel do CONAR diante das campanhas e que não existe beneficia algum para a marca veicular peças publicitárias que ofendam seu consumidor.