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Na Venezuela atual, a grande maioria da população, historicamente excluída, participa de um profundo processo de inclusão social. Pela primeira vez em sua vida, milhões de homens e mulheres têm a possibilidade de comer um prato digno, beber leite, ler um livro e fazer uma consulta odontológica. Centenas de milhares de idosos portam, felizes, suas carteiras de identificação. Agora são cidadãos.
Durante a chamada IV República, entre 1958 e 1998, a abstenção chegava a 90% nas eleições presidenciais. Na rica e importadora Venezuela petroleira, 80% da população vivia abaixo da linha da pobreza e era mantida completamente à margem das decisões. O Censo de 2001 demonstra que 63% da população vivia em favelas ou áreas consideradas marginais.
Hoje, ao caminhar pelas ruas, pegar um ônibus ou o metrô, é impossível não perceber a auto-estima elevada, a gana de envolver-se nos debates, a energia latente, a inquietação por contribuir e dar o seu testemunho de “como as coisas mudaram depois que o Comandante chegou”.
O caminho para a integração e a mobilização têm sido as missões sociais, que beneficiam os habitantes dos morros que cercam Caracas e do interior do país. Os programas de alfabetização em massa (Mision Robinson), de atenção médica gratuita (Barrio Adentro), de mercados populares e casas de alimentação (Mison Mercal), de apoio à capacitação técnica (Vuelvan Caras), formação secundária (Mision Ribas) e universitária (Mision Sucre) têm chegado as classes mais baixas, atingindo aproximadamente 20 milhões de venezuelanos (quase 75% da população). Essas Misiones Sociales não tratam apenas de solucionar problemas de insuficiência alimentar, analfabetismo, desemprego e exclusão social, mas começam a incorporar milhões de cidadãos ao aparato produtivo por meio de uma rede de missões orientada pelo Ministério de Economia Popular.
“A política de inclusão transcende o enfoque assistencialista do modelo anterior. O objetivo é criar um mecanismo de superação