EXAME FÍSICO GERAL DE UMA PESSOA
I Posicionamento Brasileiro sobre Pré-Hipertensão, Hipertensão do
Avental Branco e Hipertensão Mascarada: Diagnóstico e Conduta
I Brazilian Position Paper on Prehypertension, White Coat Hypertension and Masked Hypertension: Diagnosis and Management
Departamento de Hipertensão Arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia pelos autores
Introdução
A Pressão Arterial (PA) é uma variável de grande utilidade na prática clínica. A sua medida é um procedimento simples, de baixo custo e de fácil realização, ressaltando‑se a necessidade da sua obtenção tecnicamente correta, seguindo‑se as recomendações das VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão (DBH VI)1.
A medida de consultório representa o parâmetro central para diagnóstico, tratamento e acompanhamento da
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e se relaciona de forma direta, contínua e independente com o risco de eventos
Cardiovasculares (CV) fatais e não fatais1-3.
Assim, a valorização e a intervenção sobre valores de
PA mais próximos aos limites máximos de normalidade, a chamada Pré-hipertensão (PH)2, têm sido destacadas na última década, pois representam uma oportunidade importante para a prevenção da HAS estabelecida e contribuem para a redução do risco CV associado.
A medida repetida da PA no consultório permite o diagnóstico de hipertensão e normotensão. Para a melhor avaliação do comportamento da PA existem métodos que analisam a PA por meio de maior número de medidas, minimizando as interferências do meio, da situação e do observador. Essas alternativas são: Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) de 24 horas ou as medidas domiciliares da PA (monitorização residencial da PA (MRPA) e a automedida da PA (AMPA)). A partir desses métodos, duas outras formas de classificação da PA foram incorporadas ao conhecimento: Hipertensão do Avental Branco (HAB) e
Hipertensão Mascarada (HM)1,3-5 (Figura 1).
Os estudos epidemiológicos e clínicos acerca dessas