Exame bacteriológico do leite
1. OBJETIVOS:
- Dominar técnicas de exames bacteriológicos de leite;
- Avaliar a qualidade microbiológica do leite pasteurizado tipo C;
- Conceito de Unidade Formadora de Colônia (U.F.C.);
- Metodologia das diluições seriadas para amostras de alimentos;
- Metodologia de contagem em placas para a determinação da concentração de microrganismos aeróbios e anaeróbios facultativos mesófilos em alimentos.
2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS:
2.1. PASTEURIZAÇÃO VS UHT:
Lá no século XIX, um cientista francês chamado Louis Pasteur dava fim à teoria que dizia a vida vinha de matéria inanimada, muito popular na época. Num experimento muito interessante, Pasteur provou que a contaminação de alimentos se dava pelos micro-organismos presentes no ar, e não por alguma capacidade sobrenatural que os objetos possuíam de produzir seres vivos.
O processo que usamos hoje tem seu nome justamente em homenagem ao cientista pioneiro da infectologia que o inventou. Na pasteurização, o leite é elevado a temperaturas de mais de 70°C por 15 segundos e logo em seguida essa temperatura é derrubada para a casa dos 4ºC. Esse choque térmico mata a maioria dos microrganismos nocivos já presentes no leite, mas poupando uma parte dos probióticos (os famosos lactobacilos vivos que ajudam a regular a flora intestinal).
O UHT (Ultra Heat Treatment) não é um processo muito diferente. O que muda é que, esse sim, por conta das temperaturas de quase 150° C, esteriliza totalmente o leite. Isso tem suas vantagens e desvantagens, visto que apesar de permitir que o leite tenha uma validade maior, o leite longa vida pode durar meses se guardado na geladeira, o UHT elimina todos os probióticos que a pasteurização mantém em parte.
Tanto o leite pasteurizado quanto o UHT perdem nutrientes e vitaminas importantes, mas essa perda é bem maior no UHT quando comparado ao leite pasteurizado.
O leite é só um dos produtos que sofrem pasteurização: sucos,