Exame Analítico do Gênero Cômico na Poética
FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS
CAMPUS DE MARÍLIA
Exame Analítico do Gênero Cômico na Poética
FILOSOFIA DA ARTE I
Aluno: Herbert N. Barros
RA: 11064129
Curso: Filosofia - 1º ano
Professora: Ana Portich
Marília
2012
INTRODUÇÃO
O presente trabalho consiste numa abordagem da obra Poética de Aristóteles, a qual encontramos uma análise filosófica consistente acerca da poesia. A presente abordagem permeará as principais distinções feitas pelo autor no tocante à epopéia, tragédia e a comédia, tendo esta última uma importância maior nesta investigação, sendo analisado especificamente o seu efeito.
Meios, Modos e Objetos da Encenação Cênica
Aristóteles em sua Poética debruça-se sobre a questão da poesia e nos apresenta uma explanação que envolve não apenas uma definição, mas as diferentes características nas artes, em especial na tragédia e na comédia.
Sua investigação parte do pressuposto que poesia é imitação (mímesis). A imitação é considerada pelo filósofo como congênita à natureza humana: “Sendo, pois, a imitação própria da nossa natureza, (...) os que ao princípio foram mais naturalmente propensos para tais coisas, pouco a pouco, deram origem à poesia” (Poética, 1448 b20). A poesia naturalmente seguiu as formas idiossincráticas dos poetas, como descrito na seguinte passagem: “A poesia tomou diferentes formas, segundo a diversa índole particular [dos poetas]” (Poética, 1448 b24).
Com isso, a análise aristotélica parte para uma classificação das diferentes espécies de poesia, sendo a epopéia, a tragédia e a comédia representantes artísticos distintos, correspondendo respectivamente a meios, modos e objetos de imitação distintos.
No que concerne à epopéia, segundo o autor e, tendo em vista a importância que o mesmo concede ao verbo propriamente dito ao afirmar que “a arte que apenas recorre ao simples verbo (...), eis uma arte que até