Ex-presidiário no mercado de trabalho
A maior dificuldade para quem está preso é conseguir uma oportunidade no mercado de trabalho, o preconceito impede o egresso de voltar à convivência social. Com o programa de Reintegração Social, as esperanças e oportunidades voltam a aparecer.
O programa de Reintegração Social de egresso prisional responde a uma determinação da lei de execução penal, e o estado é o responsável por cumprir essa função. Esse processo surgiu em 2004 e, atualmente, existe em 11 municípios.
Na unidade que fica em Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte grupos se reúnem para participar de cursos, dinâmicas e discussões em torno dos problemas que atingem quem está saindo do sistema penitenciário.
Preconceito impede a reabilitação de ex-presos
Na opinião de 21% dos brasileiros, os ex-presidiários são o grupo que as pessoas menos gostariam de encontrar ou ver. Eles perdem apenas para os usuários de drogas (35%) e as pessoas que não acreditam em Deus (26%). É o que aponta uma pesquisa publicada em fevereiro, pela Fundação Perseu Abramo.
O preconceito contra ex-presidiários aparece como o segundo maior quando os entrevistados manifestaram sua aversão de maneira espontânea. Em pergunta não estimulada, o grupo apontado como mais repulsivo foi o de portadores de vício (15%), seguido de perto por pessoas que cometeram delitos (10%).
Os ex-presidiários despertam repulsa ou ódio em 5% dos brasileiros, antipatia em 16% e recebem a indiferença de 56% dos entrevistados. O levantamento foi realizado em 2.014 domicílios de 150 municípios de pequeno, médio e grande porte, em todas as regiões do País e com pessoas maiores de 16 anos.
Os resultados da pesquisa podem ser comprovados em Maringá. De acordo com a promotora da Vara de Execuções Penais (VEP), Valéria Seyr, depois de cumprir pena em presídios, dificilmente a pessoa consegue entrar no mercado de trabalho. Acompanhamos essa situação todas as semanas: o