Evolução Naval vs Economia
Após a II Guerra Mundial, o comércio cresceu a taxas elevadas e a frota da marinha mercante mundial acompanhou este crescimento. Nessa época, os Estados Unidos dominavam a indústria naval mundial, substituindo o Reino Unido, sendo sua enorme produção voltada para a marinha de guerra.
A partir daí, o Japão começa a emergir, sendo o período compreendido entre a metade da década de 50 e início da década de 70 marcado pela consolidação da hegemonia japonesa, substituindo os Estados Unidos na liderança do setor.
De acordo com Grassi (1998), a crise mundial iniciada em 1973 teve reflexo na indústria naval mundial resultando em queda na demanda por navios. Devido ao longo lead-time do produto, a crise só mostrou seus efeitos a partir de 1975, quando a produção caiu quase à metade em três anos.
O resultado da enorme diferença entre oferta e demanda refletiu-se no amplo número de falências de estaleiros ao redor do mundo, a partir da segunda metade da década de 70.
Com altos custos de mão-de-obra e tamanhos de planta menores do que Japão e Coréia, a saída para muitos estaleiros europeus foi modificar suas estratégias, se especializando em atividades de offshore e em alguns tipos de navio de alto teor tecnológico. Esta alternativa foi bem sucedida, principalmente na Alemanha e nos países nórdicos.
Em 1979, com o segundo choque do petróleo reduzindo novamente as encomendas e em 1983 sendo registrada nova queda na produção, uma reestruturação completa da indústria naval mundial foi mais do que necessária, foi imposta. Como consequência disso, a concentração passou a ser incentivada, através de fusões e incorporações.
Nos últimos anos a produção naval tem comportamento variável no tempo e cresce exponencialmente. O crescimento médio anual para os períodos entre 1997-2001 e 2002-2006 foi de 2,3% e 10,9% respectivamente.
Europa
Nesse período, os construtores navais europeus adotaram a estratégia de liderança global de custo baixo, alcançando assim reduzido